Formas de relevo de Moçambique:


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Formas de relevo de Moçambique:
As formas de relevo, podem ser conceituadas como sendo a forma pelo qual encontra-se exposta a superfície terrestre.
Assim, de acordo com a sua altitude, identificam-se em Moçambique as 4 formas de relevo a saber :
·         Planícies;
·         Planaltos;
·         Montanhas;
·         Depressões.

Planícies
De acordo com sua estrutura, cerca da metade (44%) do território moçambicano é constituído pela planície, com altitudes inferiores a 200m. Esta planície, que se desenvolve ao longo da costa, é  uma faixa estreita entre a foz do rio Rovuma e o delta do Rio  Zambeze. Ela alarga-se para o Sul do delta do rio Zambeze, abrangendo a quase totalidade da superfície situada ao Sul do rio Save, constituindo a Grande planície Moçambicana.
Trata-se de uma planície ondulada, constituída sobre formações sedimentares ceno-antropozóicas, especialmente arenosas onde aos interflúvios se associam dunas antigas, desmanteladas pela erosão.

Planaltos
Com uma extensão ainda maior (51%), ocorrem em superfícies  aplanadas de altitudes compreendidas entre 200 a 1000 m, muito desenvolvida na metade do Norte do país, constituindo o Planalto Moçambicano.
Distingue-se em Moçambique, duas superfícies planálticas, que correspondem às duas superfícies pediplánicas talhadas em rochas metamórficas. A primeira, cujas altitudes variam entre 200 e 600 m é designada por planaltos médios, está melhor representada ao Norte do paralelo de 17º Sul. A segunda, designada por altiplanaltica, as altitudes são superiores a 600 m. A sua maior dispersão verifica-se no Norte e Centro do país sobretudo nas províncias de Niassa, Nampula, Zambézia, Tete e Manica.
A característica dominante do planalto moçambicano é a ocorrência de números montes residuais ou cristas intrudidas, de altitudes variáveis, que se disseminam pela paisagem.
Em Cabo Delgado, Niassa, Nampula, Zambézia, Tete e  Manica, os planaltos médios fazem a transição para os altiplanaltos por um degrau mais ou menos acentuado. A sul do rio Save os planaltos médios desenvolvem-se sobre as formas vulcânicas de Karroo e estão muito dissecadas pela erosão.
Na parte ocidental das províncias de Gaza e Maputo dispostas em cadeia de orientação predominantemente Norte-Sul localizam-se os montes Libombos. Trata-se de dois alinhamentos montanhosos paralelos de cerca de 900 km de comprimento e de 30 km de largura máxima, localizando-se em Imponduine a maior altitude com (809 m). Estes alinhamentos são a continuação da cadeia de Drakkensberg que tem origem na África do sul.

Montanhas
 Devido a longinquidade do território moçambicano as áreas de montanhas, que incluem formas de relevo com altitudes superiores a 1000m, são muito pouco extensas (5%) e não constituem faixas contínuas, tal como sucede com os planaltos.
A sua maior ocorrência regista-se a Norte do paralelo de 21º Sul ou seja nas províncias de Niassa, Zambézia, Tete e Manica de parceria com os altiplanaltos donde emergem com imponência notável.
As superfícies montanhosas mais extensas localizam-se a ocidente da província de Niassa, a Noroeste da Zambézia, a Nordeste da província de Tete e na faixa ocidental da província de Manica.
Em Niassa as montanhas agrupam um conjunto de elevações,  formando um ípsilon, que acompanha a margem oriental do lago Niassa e se inflecte para Nordeste, nas cercanias do Lago Amaramba, cujo pé se prolonga através do Malawi.

Quadro 1: Montes destacáveis em Moçambique
Nome
Altitude (m)
Localização
Txingeia
1.787



    Tete
Txitongo
1.848
Sanga
1.798
Chissindo
1.579
Chitagalo
1.803
Jeci
1.836
Mitucue
1.803
Domue
2.096
Chirobue
2.021
Chiperone
2.054
Zambézia
Tumbine
1.542
Mabu
1.646
Derre
1.417
Mongue
1.043
Namuli
2.419
Monte Binga
2.436
Manica

Monte Binga: Trata-se de um gigantesco maciço rectangular de 35 km de comprimento por 8 a 10 km de largura, situado a 80 km a Sul da  cidade de Manica, orientado no sentido Norte-Sul ao longo da fronteira com o Zimbabwe. Ele separa-se do maciço de Espungabera, com altitudes próximas dos 1.000m, através duma depressão. A norte de Chimanimani localiza-se a serra da Gorongosa cuja altitude máxima é de 1.863 m.

Depressões    
Das principais depressões existentes em Moçambique destacam-se os vales dos rios e as formas de relevo negativas onde se instalaram os lagos e pântanos. Estas depressões interrompem frequentemente a continuidade das planícies, dos planaltos e das cadeias das montanhas.
A depressão de maior significado geomorfológico é o Vale do rio Zambeze, não só por constituir um dos maiores do continente africano, como ainda por atravessar regiões de litologia e tectónica complicadas, às quais o rio teve que se adaptar.
Em alguns pontos do seu percurso o rio Zambeze, dada a resistência de certas formações rochosas por onde atravessa, escava o seu leito, constituindo gargantas apertadas e profundas, com grande relevância para a topografia. As outras depressões territorialmente importantes em Moçambique são as depressões Chire-Urema e Espungabera.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
https://bibliotecademoz.blogspot.com/2018/07/formas-de-relevo-de-mocambique.html
DOS MUCHANGOS, Anicento (1999).Moçambique Paisagens e Regiões Naturais. Maputo.
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